
O termo “mangá” é a palavra japonesa que designa a historieta em geral e fora do Japão é usado para referir-se ao estilo peculiar de elaborar quadrinhos desse país.
O júri, composto por 7 pessoas e presidido por Dom Bernard Podvin, diretor de comunicação da Conferência Episcopal da França, sublinhou que “a audácia do roteirista e da desenhista é ter sabido captar a história mais extraordinária jamais contada, protagonizada pelo homem mais polêmico que viveu na terra, transmitindo a mensagem cristã a outra cultura”, sublinha um comunicado.
A desenhista Kozumi Shinozawa nasceu em 1970. Batizada em junho de 2004, seus trabalhos se caracterizaram pela influência cristã a partir de 2005.
Além disso, concedeu-se uma menção especial a Starets Silouane, da belga Gaëtan Evrard. A história relata a vida de Syméon Ivanovitch Antonov, que entrou em 1892 no mosteiro russo de São Pantaleão do Monte Atos.
“Tornou-se monge sob o nome de Silouane e lá levou, até sua morte, em 1938, a vida aparentemente ordinária de um simples monge. (…) Na verdade, o starets (guia espiritual) Silouane é uma autêntica testemunha de Cristo. Um espiritual do nosso tempo.”
No dia 26 de novembro de 1987, foi canonizado pelo Patriarcado de Constantinopla.
O prêmio 2010 e esta menção especial serão entregues no próximo dia 28 de janeiro, na igreja de São Marcial de Angulema.
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Os mangás, desenhos animados de origem japonesa, não são feitos só para crianças ou jovens com parece a primeira vista, mas para um público consumidor bem mais amplo, que inclui até adultos.
Existem estilos de Mangás para meninos ( shounem), meninas ( shoujo), homens jovens ( seinem), adultos ( gekijá) ,não necesariamente eróticos e josei para mulheres, dentre outros…
Existem também mangás pornográficos, eróticos, homossexuais masculinos e femininos, dentre outros..
Como se vê, tem de tudo.
Para nós, como cristãos, o estilo- mangá- em sí não tem problema.
Surgem problemas de incoerência com nossa fé, no entanto, a leitura de alguns estilos claramente antievangélicos e, mesmo nos estilos mais neutros, com a absorção de conceitos e visões do mundo embutidos nas histórias que agridem nossos valores e fé Católica.
Parece uma bobagem… mas a fé vivida de forma madura exige sempre esse posicionar-se diante de nossa cultura, devido a perca de referências da verdade e de uma saudável visão do homem, que deve gerar em nós esse ” observar tudo e reter o que é bom”, bom aqui entendido não apenas o que é bom para meu conceito de bondade mas o mais próximo possível do conceito cristão de bondade e de verdade.
É ser sábio e inteligente discernir aquilo que lemos, com prudência, sem neuroses mas sem ingenuidades.
Alguns se sentem quase que ofendidos quando se fala disso como se a ” atitude permanente de discernimento e vigilância ” não fizesse parte de nossa vivência em um mundo tão carente de referências como o nosso.
Nossa cultura é “frenética” e todos os dias surgem “novidades” que requerem de nós um posicionar-se, tranquilo e firme, para não sermos apenas “mais um” que vai aceitando tudo, como se nossa mente e inteligência fossem latas de lixo.
Fonte: site da Comunidade Shalom: Blog Shalom - Carmadélio