INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Olá amigos,

Esse blog é um espaço para a divulgação de notícias de uma forma geral envolvendo todo tipo de matéria sobre a comunicação e marketing católico.

Nos propomos a pesquisar tudo o que existe de matérias sobre a comunicação e marketing católico na web e em outras fontes de comunicação, concentrando-as nessa ferramenta que agora estamos disponibilizando, de forma a facilitar a pesquisa e coleta de informações pelas PASCOM de todas as Paróquias espalhadas pelo Brasil afora. Será também um espaço para divulgação de notícias das próprias PASCOM.

Dessa forma, esperamos que seja um meio onde se poderá encontrar, num só lugar, qualquer matéria publicada que envolva a comunicação e marketing dentro da nossa querida Igreja Católica.

Ajude-nos informando sobre suas atividades, eventos, seminários, encontros, retiros etc, que envolvam os meios de comunicação dentro da sua Paróquia, Vicariato ou Diocese.

Vamos à luta, com a graça de Deus e a força do Espírito Santo, pois COMUNICAÇÃO É EVANGELIZAÇÃO !

Por: José Vicente Ucha Campos

Contato:
jvucampos@gmail.com

terça-feira, 25 de novembro de 2014

CATHOLIC VOICES NO BRASIL


No ano de 2010 nascia na Inglaterra o Catholic Voices. Jack Valero, naquele então diretor de comunicação do Opus Dei na Grã-Bretanha, e um profissional que já acumulava experiência graças a Dan Brown e “O Código Da Vinci”, resolveu, junto com Austen Ivereigh, juntar e preparar um grupo de uns 30 leigos católicos para abordar os diversos temas da Igreja Católica na mídia, em vista da visita do Papa à Inglaterra em Setembro do mesmo ano.
Naquela época, em entrevista a ZENIT , Valero afirmava que o projeto nascia com uma visão profundamente positiva da imprensa, a qual “têm o direito de fazer perguntas difíceis, que refletem as perguntas das pessoas comuns, e que seu dever é pedir contas a pessoas e instituições”.
Essa iniciativa desde então espalhou-se para 15 países. Semana Passada, também em entrevista a ZENIT, a coordenadora do projeto da Itália, Martina Pastorelli, declarou que o método utilizado por Catholic Voices serve“para entrar em um relacionamento antes de tudo humano com o outro. Criar empatia, que é a base de todo o diálogo”, sair do confronto e abordar de forma positiva os questionamentos que a Igreja recebe.
Saindo à caça de outros países, ZENIT descobriu que o “Catholic Voices” foi um dos legados oficiais da JMJ Rio 2013. Os bons ventos da JMJ Rio 2013 trouxeram-no ao Brasil.
Entrando em contato com ZENIT, o coordenador do Vozes Católicas do Brasil, Alexandre Varela, leigo com grande experiência na comunicação, explicou aos nossos leitores o objetivo do projeto e os passos que estão sendo dados para “tropicalizá-lo”, transformá-lo à realidade brasileira. 
“Hoje estamos muito focados em ampliar nossos contatos com a imprensa e consolidar nossa atuação no Rio de Janeiro. Em breve, começaremos a planejar a expansão do grupo para todo o Brasil”, disse Varela à ZENIT.
Se você ficou interessado, então conheça de perto essa iniciativa e acompanhe abaixo a íntegra dessa entrevista:
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Então, Alexandre, quer dizer que como legado da JMJ Rio 2013, o projeto inglês “Catholic Voices” veio ao Brasil, por meio de um grupo de 15 católicos cariocas?
Alexandre: Sim, hoje somos 4 coodenadores e 11 integrantes, mas não só cariocas! Temos gente de todo o Brasil. O Vozes Católicas (como nos chamamos no Brasil) foi um dos legados oficiais da JMJ Rio 2013, que foi um grande catalizador para este projeto, que é inspirado no Catholic Voices do Reino Unido. Contamos com a orientação dos criadores do “Catholic Voices”, mas nosso grupo tem total liberdade para “tropicalizar” o projeto. O Brasil tem demandas muito diferentes no que diz respeito à comunicação católica e estamos trabalhando para garantir que tenhamos o melhor formato possível para a nossa realidade.
Publicamos semana passada uma entrevista com a coordenadora desse projeto na Itália. O que você achou?
Alexandre: Já acompanhamos a implantação do projeto em muitos países e conhecemos muitos membros dessas equipes. É sempre inspirador ver como as pessoas estão se movendo para defender a fé e, principalmente, esclarecer os pontos de vista da Igreja Católica, normalmente tão distorcidos e atacados pela grande mídia. Estamos trabalhando duro para que seja assim também no Brasil!
 O projeto está se desenvolvendo no Rio de Janeiro? Qual tem sido a experiência de Vozes nesse ano?
Alexandre: O Rio de Janeiro foi o local escolhido para estrear o Vozes Católicas no país, justamente pelo grande protagonismo dentro da Igreja Católica no Brasil e, evidentemente, pela oportunidade de exposição a toda a imprensa durante a JMJ Rio 2013, quando o projeto efetivamente começou a funcionar. O ano de implantação (2013), foi excepcionalmente bom para estreitarmos nossos contatos com a imprensa e entendemos qual seria o formato mais adequado para o projeto no Brasil. Entramos em 2014 muito mais amadurecidos e cientes das barreiras que temos que enfrentar e o que precisamos fazer para vencê-las. Muitos veículos têm nos procurado, principalmente para entender melhor o contexto do que acontece no Vaticano e suas consequências no Brasil. Já ganhamos muita visibilidade, mas estamos trabalhando para ir além: queremos estar na frente das câmeras e mostrar o rosto dos católicos leigos do Brasil.
Por que motivo a imprensa, digamos assim, laica, não permite que católicos leigos bem preparados se posicionem nos seus programas e debates?
Alexandre: Leigos falando sobre temas católicos é uma grande novidade. Não só no Brasil, mas em todos os lugares onde o Vozes Católicas é implantado. Sempre existe uma resistência, porque os veículos (e também os espectadores) esperam que apenas os padres falem sobre esses assuntos. Evidentemente, o tamanho do desafio varia em cada um dos países e, aqui no Brasil, ele é particularmente grande. Os leigos no Brasil têm pouca visibilidade, somos muito clericalizados. Isso não é bom, nem ruim… é só uma característica e temos que lidar com ela. Mas esse paradigma está mudando e queremos ser parte importante nesta mudança. É um trabalho de longo prazo e um dos primeiros passos é contar com a ajuda dos jornalistas católicos para que possam, aos poucos, introduzir o Vozes Católicas nos meios de comunicação nos quais atuam.
 O mesmo Papa Francisco tem denunciado em várias ocasiões a questão do clericalismo. Por exemplo, são dele essas palavras “A tentação do clericalismo, que causa grandes prejuízos à Igreja que está na América Latina, constitui um obstáculo para o desenvolvimento da maturidade e da responsabilidade cristã de uma boa parte do laicado”. Essa falta de presença católica leiga na mídia brasileira não seria causada por este clericalismo que o Papa denunciou?
Alexandre: Como já dissemos antes. Esse clericalismo de que falamos é uma característica. Não é algo intrinsecamente ruim.  Mas para o contexto atual, complica um pouco as coisas e talvez por isso o Papa esteja preocupado. Precisamos mudar isso: tirar a Igreja das paróquias e levá-la a todos os ambientes. E apenas os leigos podem fazer isso com a penetração necessária. Somos nós que estamos nas escolas, universidades e empresas. Também são os leigos que estão inseridos na produção cultural, que vem sendo determinante na formação da mentalidade dos brasileiros nos últimos anos. Eu diria que hoje vivemos uma “Guerra Cultural”, mas só um lado está lutando. Precisamos entrar de cabeça e só os leigos podem efetivamente se dedicar a isso.
Já que os leigos não têm acesso à grande mídia, a solução não seria preparar os padres para o debate, em vez de preparar leigos?
Alexandre: É importante que ao menos alguns padres estejam preparados, porque o fato de lançarmos os leigos na grande mídia não elimina a demanda por declarações de padres. Porém é importante que essa função passe a ser dominada pelos leigos. Precisamos passar a mensagem de que a Igreja não é algo fechado nas paróquias, mas é algo que está na cultura e nos diversos ambientes. Ter fé não é uma questão clerical, é uma opção da maioria absoluta do nosso povo! Isso precisa ser mostrado. Além disso, sabemos que muitos debates reservam uma boa dose de armadilhas e contextos inadequados à um sacerdote. Às vezes chega a ser covardia. Certa vez, vi um programa em que um grupo de pessoas completamente descomprometido lançava acusações sem fundamento sobre um padre que mal tinha chance de falar. Foi um grande desrespeito. Um sacerdote do Senhor não deve ser exposto a isso. Ter leigos nesta função é uma forma de preservar a Igreja.
Qual tem sido o papel de Dom Orani para a implantação desse projeto no Rio?
Alexandre: Em todo o mundo, o Vozes Católicas tem como política só ser implantado com autorização do Bispo local, afinal, somos parte da Igreja. Mas Dom Orani foi além: é o grande incentivador deste projeto. Desde o início, abraçou a ideia e deu total apoio e liberdade para que fizéssemos a implantação do Vozes Católicas no Rio de Janeiro. Foi ele que tornou esse projeto um dos legados na JMJ Rio 2013, que foi essencial para abrir muitas portas. No entanto é muito importante frisar que uma das características do projeto em todo o mundo é a independência em relação à estrutura da Igreja. Não estamos subordinados à Arquidiocese. Isso é necessário para dar agilidade ao nosso trabalho, o que é um requisito básico no mundo da comunicação de massa. Mas também é uma maneira de permitir nos arrisquemos sem que isso comprometa a Igreja. Por isso, jamais falamos em nome da Igreja. Somos leigos e falamos da experiência que vivemos. E esse é um ponto muito importante! Somos o rosto vivo da Igreja, não seus “porta-vozes”.
Isso não seria, então, uma missão dos bispos? Ou seja, quem deveria se movimentar para implantar o Vozes na própria diocese, em primeiro lugar, não seria o próprio bispo?
Alexandre: Como dissemos, o Vozes Católicas atua de forma independente. A grande responsabilidade por implantar o projeto é dos leigos! Mas será uma grande alegria se um bispo achar essa iniciativa importante para sua diocese e quiser contar conosco.
Quem estiver interessado em montar uma equipe do Vozes na própria diocese, que passos tem que seguir?
Alexandre: Hoje estamos muito focados em ampliar nossos contatos com a imprensa e consolidar nossa atuação no Rio de Janeiro. Em breve, começaremos a planejar a expansão do grupo para todo o Brasil. Essa fase de “incubação” é necessária porque queremos que os próximos núcleos já contem com uma rede mais consistente de suporte e de recursos. Pavimentar essa estrada é um grande desafio, mas estamos, com a Graça de Deus, avançando cada vez mais. Quem quiser entrar em contato conosco, pode fazê-lo através do e-mail:vozescatolicas@vozescatolicas.com.brQueremos conversar com todos os entusiastas do projeto!


Conheça!!
http://www.catholicvoices.org.uk/ ( Reino Unido)
http://www.vocescatolicas.cl/ ( Chile)
http://catholicvoicesusa.org/ ( Estados Unidos)
http://www.catholicvoices.org.es/ ( Espanha)
Fonte: Comunidade Shalom/ Blog Carmadélio