Depois de conversar com os estudantes através da plataforma informática, o Santo Padre indicou: “Todos vocês têm um cofre, uma caixa, e dentro tem um tesouro. E o trabalho de vocês é abrir a caixa, tirar o tesouro, fazê-lo crescer e dá-lo, e recebe-lo dos demais”. E acrescentou que cada um de nós tem um tesouro dentro, e se o guardamos trancado ele fica ali; pelo contrário, se o compartilhamos, ele se multiplica com os tesouros que vem dos demais”.

"Quero dizer-lhes – insistiu o Papa – que não escondam o tesouro que cada um tem. Às vezes, o encontramos rapidamente, outras vezes é preciso fazer como no caça ao tesouro. E uma vez encontrado, é preciso que seja compartilhado”. E concluiu: “Vocês nos ajudam a compreender que a vida é um lindo tesouro”.

A conversa com a juventude foi marcada por várias frases espontâneas e ao mesmo tempo que refletiam um afeto mútuo.

Entre os pequenos estava Isabel Vera de 13 anos, com problemas visuais, e que contou ao papa: “Uso a tecnologia com uma linha Braile”, e interrogada pelo Santo Padre, acrescentou que era atleta.

Pedro, de São Paulo no Brasil, ao lado da sua mãe, indicou que quer andar de bicicleta e que vai conseguir graças a uma prótese que está sendo realizada. E depois que comentou que gostava de futebol, Francisco lhe disse: “O importante não é ganhar, mas jogar e estar com os outros”.

Alicia, de 16 anos, com uma câmera de vídeo, apesar do seu problema de vista, perguntou ao Papa se ele gostava de tirar fotos e baixa-las no computador. “Sou muito ruim com a máquina, não sei mexer no computador, que vergonha, não é?", disse-lhe o Papa.

Elvira, 12, com síndrome de Down, faz o chiack para vídeos com seu tablete, uma atividade simples, mas disse que “se diverte muito” e acrescentou que a sua música favorita é de Violet.

Isaías do Nebraska, perguntou sobre como superar o mal humor, e o Santo Padre disse: É preciso superar o mal humor, e se não, ficar tranquilo até que passe. Não precisamos assustar-nos com as dificuldades...

Outros dos estudantes com quem o Papa falou foi Manoj da Índia, com dificuldade de fala e audição, portanto, ajudado por uma professora. O menino disse muitas coisas, até mesmo que ele gostava de Bruce Lee. E perguntou: Scholas pode nos ajudar? Ao que o pontífice disse que sim, melhorando a comunicação entre eles.

Bauti, 14 anos, de Espanha, autista, disse que nasceu em Buenos Aires e estuda na escola Sagrado Coração, em Madrid. E explicou de que maneira você usa o seu tablet e coisas que desenha. E lhe perguntou: “Você tem um tablet?”.

Na comunicação também entrou Moçambique, onde há uma nova instituição Scholas com o padre Juan Gabriel, que esteve no último congresso de Scholas. Conversou ali com alunos de uma secundária, onde duas crianças lhe disseram que "antes tínhamos somente um computador para 45, e agora temos mais. As máquinas vão nos ajudar muito a estudar”. E o diretor do colégio também agradeceu: “Com estes computadores estamos em uma nova era”.