INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Olá amigos,

Esse blog é um espaço para a divulgação de notícias de uma forma geral envolvendo todo tipo de matéria sobre a comunicação e marketing católico.

Nos propomos a pesquisar tudo o que existe de matérias sobre a comunicação e marketing católico na web e em outras fontes de comunicação, concentrando-as nessa ferramenta que agora estamos disponibilizando, de forma a facilitar a pesquisa e coleta de informações pelas PASCOM de todas as Paróquias espalhadas pelo Brasil afora. Será também um espaço para divulgação de notícias das próprias PASCOM.

Dessa forma, esperamos que seja um meio onde se poderá encontrar, num só lugar, qualquer matéria publicada que envolva a comunicação e marketing dentro da nossa querida Igreja Católica.

Ajude-nos informando sobre suas atividades, eventos, seminários, encontros, retiros etc, que envolvam os meios de comunicação dentro da sua Paróquia, Vicariato ou Diocese.

Vamos à luta, com a graça de Deus e a força do Espírito Santo, pois COMUNICAÇÃO É EVANGELIZAÇÃO !

Por: José Vicente Ucha Campos

Contato:
jvucampos@gmail.com

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Padre e a comunicação por D. Orani João Tempesta

Neste artigo, Dom Orani Tempesta falando sobre o 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais que aconteceu no mês passado (maio), explica que estar presente nos “meios de comunicação” deve ser para o Padre e para todo cristão um desafio constante.
Leia-mos a seguir o referido artigo, que serve de reflexão para todos os comunicadores de nossa Arquidiocese, sejam leigos, padres, profissionais da comunicação, PASCOM 's e outros:


Dentre tantas celebrações e eventos neste mês de Maio, demonstrando a riqueza de nossa caminhada eclesial na história, temos, também, a comemoração de um dia especial para reflexão sobre as comunicações sociais, jornada que foi desejada pelo decreto “Inter Mirifica” do Concílio Vaticano II – portanto, é o único dia especial criado nos documentos conciliares para ser festivamente celebrado e refletido em nossas comunidades. O documento conciliar é um passo importante na tomada de posição da Igreja Católica com relação às comunicações escrito há quase cinqüenta anos. Graças a sobriedade deste documento, ele se colocou como intermediário entre épocas diferentes e abriu as portas para os desafios vindouros neste importante e multifacetado campo das comunicações sociais.


No Brasil comemoramos o Dia Nacional das Comunicações a 5 de Maio e, como Igreja, nós celebramos o Dia Mundial, aqui no Brasil, no Domingo da Ascensão do Senhor, neste ano o dia 16 de Maio quando então celebraremos o 44º Dia mundial das comunicações sociais. Sabemos quão importante são os meios de comunicação, sobretudo nestes últimos tempos quando se propaga a tecnologia e a utilização de métodos cada vez mais sofisticados e modernos. Com esse avanço tecno-cientifíco a Igreja também tem que saber utilizar destes bons e confiáveis meios para continuar a sua missão que é “Anunciar a Palavra de Deus a todos os povos”.


É importante frisar que a mídia não substitui a participação pessoal em nossas comunidades e nos sacramentos, assim como, supõe também uma vida coerente daquele que a utiliza, pois transmitimos os valores também através do tom de voz, dos gestos, dos olhos, da escolha de textos, da maneira como comunicamos. Embora existam muitas ferramentas que tendem a disfarçar muitas realidades, no entanto, o ser humano tem uma comunicação que vai além das palavras, mesmo eletrônicas, que chegam ao coração das pessoas. Por isso, trabalhar com os meios de comunicações supõe uma conversão pessoal ainda mais profunda e sincera.


Para este ano o Papa Bento XVI, escreveu uma mensagem que tem o seguinte tema: “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: as novas mídias ao serviço da Palavra”. Com estas palavras o Papa quis fazer uma relação do Ano Sacerdotal o qual estamos celebrando com esta mensagem sobre a comunicação, pois, o padre deve ser um bom comunicador a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo que comunicou o Pai. Assim, os padres têm como papel fundamental anunciar Cristo, Palavra de Deus encarnada, e “comunicar a multiforme graça divina portadora de salvação mediante os sacramentos. Convocada pela Palavra, a Igreja coloca-se como sinal e instrumento da comunhão que Deus realiza com o homem e que todo o sacerdote é chamado a edificar n’Ele e com Ele” (Mensagem do Papa Bento XVI para o 44º Dia Mundial das comunicações).


Para dar respostas adequadas às várias questões no âmbito das grandes mudanças culturais, particularmente sentida no mundo juvenil, tornam-se um instrumento útil as vias de comunicação abertas pelas conquistas tecnológicas. Pondo à nossa disposição meios que permitem uma capacidade de expressão praticamente ilimitada, o mundo digital abre perspectivas e concretizações notáveis ao incitamento paulino: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16). Diante disso, o padre acaba por encontrar-se como que no limiar de uma “história nova”, porque quanto mais intensas forem as relações criadas pelas modernas tecnologias e mais ampliadas forem as fronteiras pelo mundo digital, tanto mais será chamado o sacerdote a ocupar-se disso pastoralmente, multiplicando o seu empenho em colocar a tecnologia ao serviço da Palavra de Deus.


A coragem de estar presente nos “meios de comunicação” e em especial hoje com as ferramentas digitais, deve ser para o padre, mas também para todo cristão um desafio constante. No “território livre” da internet encontramos as mais variadas, complexas e bizarras opiniões. Muitas vezes faltam as idéias e opiniões que realmente traduzam o pensamento de Cristo, do Evangelho, da Igreja. Existe muita desinformação sobre muitos aspectos do trabalho eclesial e com os “preconceitos” que hoje veiculam pela mídia, também com relação à fé e à religião, se não estivermos presentes estaremos nos omitindo em uma grande missão que nos compete. O tema que o Papa Bento XVI escolheu na festa dos Arcanjos Gabriel, Rafael e Miguel e publicou no Dia de São Francisco de Sales e que neste domingo é comemorado deve ser ainda aprofundado e trabalhado ainda mais em nossas comunidades.


Quando falamos de comunicação lembramos que ela não se resume “aos meios”, mas é um processo humano importante. E aprofundando todo esse caminho a Igreja procura tanto formar o seu povo para um correto uso como também quer ajudar profeticamente à sociedade humana a refletir sobre o como está hoje utilizando a mídia. A maioria dos governos procura, seja por legislação impositiva, seja por pressão ditatorial, seja pela economia controlar os meios de comunicação. De outro lado nem sempre o nosso povo é formado para uma “leitura crítica da comunicação” e acaba absorvendo tudo o que é inserido na mídia como se fossem “verdades” incontestáveis. Depois de passarmos por uma etapa onde a leitura de textos era muito valorizada e discutida, passamos pelos resumos e com letras maiores para chegarmos a ilustração com fotografias ou com imagens como fundamentais para a comunicação. Hoje estamos na cultura das “manchetes” cientificamente escolhidas para causar impacto, seja para as vendas ou audiências maiores, seja para impor idéias ou culturas. Muitas regiões do mundo tomam conhecimento de assuntos que ocorrem distantes de seu local de habitação apenas pela manchete “pinçada” de um texto maior que nem sempre retrata exatamente a idéia do proponente. Eis alguns temas que são importantes discutir e comentar nestes tempos dominados pela mídia que, junto com um belo e importante trabalho, luta também para poder sustentar-se e ser realmente “livre”. Uma das grandes discussões que ora ocorre em nosso país é justamente sobre a liberdade de imprensa quando idéias antagônicas se contrapõem na defesa ou condenação dos termos do Plano Nacional dos Direitos Humanos 3 (PNDH 3) quando trata desse assunto. Não podemos simplesmente ou sentimentalmente defender ou condenar posições e sim, com idéias claras e objetivas discutir com seriedade o assunto e discernir o que queremos para o futuro de nossa nação.


Quantos documentos nestes últimos tempos nos falam sobre o Evangelizar com novos métodos, pois, eis os novos métodos e as novas formas: os meios de comunicação. Temos que utilizar destes meios da melhor forma possível para através da rádio, Televisão, Internet e outros meios fazer com que a Palavra de Deus chegue a todos aqueles que ainda não a conhecem, mas, também aqueles que conhecem para nutrir-se cada vez mais da sua espiritualidade.


O padre através dos meios de comunicação poderá dar a conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o rosto de Cristo, conjugando o uso oportuno e competente de tais meios adquiridos já no período de sua formação no seminário a ainda a sua formação posterior com uma sólida preparação espiritual, teológica e humana. Dessa maneira, a tarefa do consagrado é aplainar as estradas para os novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contato humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais para reconhecerem o Senhor; dando-lhes a oportunidade de se educarem para a expectativa e a esperança, abeirando-se da palavra de Deus que salva e favorece o desenvolvimento integral.


Portanto, as novas mídias oferecem aos padres e a todo o povo fiel perspectivas sempre novas e, pastoralmente, ilimitadas, que solicitam a valorizar a dimensão universal da Igreja para a comunhão ampla e concreta; a ser no mundo de hoje testemunhas da vida sempre nova, gerada pela escuta do Evangelho de Jesus, O Filho eterno que veio ao nosso meio para nos salvar. O Papa termina a sua mensagem dizendo que: “é preciso não esquecer que a fecundidade do ministério sacerdotal deriva primariamente de Cristo encontrado na oração, anunciado com a pregação e o testemunho da vida, conhecido, amado e celebrado nos Sacramentos, sobretudo, da Santíssima Eucaristia e Reconciliação”.


Os meus cumprimentos a todos os comunicadores e, em especial, aos membros da “Pastoral de Comunicação” (Pascom) de todas as comunidades que celebram nestes dias suas semanas ou dias de reflexão sobre o assunto. Que o Senhor nos ilumine e nos ajude a construirmos um mundo mais justo e humano com o nosso trabalho através da utilização desses instrumentos que, se bem utilizados, podem ajudar o presente e o futuro da humanidade.
Fonte: site da Arquidiocese do Rio de Janeiro (www.arquidiocese.org.br).