INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Olá amigos,

Esse blog é um espaço para a divulgação de notícias de uma forma geral envolvendo todo tipo de matéria sobre a comunicação e marketing católico.

Nos propomos a pesquisar tudo o que existe de matérias sobre a comunicação e marketing católico na web e em outras fontes de comunicação, concentrando-as nessa ferramenta que agora estamos disponibilizando, de forma a facilitar a pesquisa e coleta de informações pelas PASCOM de todas as Paróquias espalhadas pelo Brasil afora. Será também um espaço para divulgação de notícias das próprias PASCOM.

Dessa forma, esperamos que seja um meio onde se poderá encontrar, num só lugar, qualquer matéria publicada que envolva a comunicação e marketing dentro da nossa querida Igreja Católica.

Ajude-nos informando sobre suas atividades, eventos, seminários, encontros, retiros etc, que envolvam os meios de comunicação dentro da sua Paróquia, Vicariato ou Diocese.

Vamos à luta, com a graça de Deus e a força do Espírito Santo, pois COMUNICAÇÃO É EVANGELIZAÇÃO !

Por: José Vicente Ucha Campos

Contato:
jvucampos@gmail.com

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cineclubes: espaço de diálogo entre o Sagrado e o Cinema

Quem não gosta de reunir os amigos para assistir a um bom filme e depois conversar sobre as cenas mais interessantes? Se for levada a sério, com regularidade e organização, essa atividade tem um nome: Cineclubismo.
Neste caso, a exibição dos filmes ultrapassa o entretenimento e se propõe à reflexão. E que tal montar um cineclube na sua comunidade, que ajude a refletir os temas da Igreja e da vida?

Durante o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação haverá uma oficina prática sobre o tema. Mas quem quiser se adiantar pode conferir as dicas da jornalista Bruna Brasil, que integra o grupo de pesquisa Sagrado Cinema: Comunicação, religião e sociedade, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUC-Rio.

O que é um cineclube?

Bruna Brasil: A atividade cineclubista é atualmente regulamentada no Ministério da Cultura, existindo inclusive editais de fomento com oferecimento de equipamentos e cursos para os contemplados. Existem entidades de classe regionais e nacional (Conselho Nacional de Cineclubes). Como tal, é definida como uma atividade sem fins lucrativos de exibição de filmes para reflexão, sendo assim pressupõe o encaminhamento de debates. Esses debates podem ser formais, com a participação de palestrantes, ou induzidos em eventos com confraternização posterior onde as discussões ocorreriam paralelamente. Em ambos os casos deve ser conduzido por um mediador que oriente o olhar da plateia para as questões que o cineclube pretende suscitar com o filme escolhido.

E como começou o movimento de cineclubismo aqui no Brasil?

Bruna: Nos anos 1920, quando o cinema ainda era incipiente, a atividade surgiu da necessidade dos jovens cineastas em estudar as possibilidades do cinema. Era um grupo pequeno de jovens da elite que tinham acesso a câmeras e dinheiro para revelar as películas que também era caras. Reuniam-se na garagem de um deles para assistir aos clássicos do cinema europeu e discutir estética e linguagem. Como não havia escolas de cinema, essa era a formação dos primeiros cineastas brasileiros.

O que é preciso para formar um cineclube nas comunidades?

Bruna: Primeiro, a vontade de fazer esse tipo de atividade. Como qualquer clube, deve ser formado por pessoas que gostem de se reunir para o fim a que o clube se destina. No caso ver e discutir filmes. Um cineclube nunca deve ser instituído como mera atividade de entretenimento. Para isso existem as salas de cinema convencionais. O cineclube tem uma função social de mobilizar, e formar o público para determinados assuntos. Nesse ponto tem um caráter bem político. Uma vez que existe um grupo que deseja fazer isso, o ideal é que se busque uma iniciação, um curso que ensine como fazer. Mesmo que apenas um do grupo consiga fazer o curso, já seria o suficiente para aplicar o conhecimento junto aos seus colegas. Tarefas como as de produção, regulação, curadoria e condução de debates não são coisas que se aprenda lendo uma apostila ou um site na Internet.

Como o cineclube pode ser um espaço que fortaleça a comunicação na Igreja?

Bruna: Na medida em que a comunidade escolha coletivamente os temas e os filmes que deseja ver e discutir. Um cineclube católico deve auxiliar na projeção da filosofia cristã na vida da comunidade. Para tanto deve-se ter sensibilidade de perceber que tipo de filme tocará o sentido do sublime, do sagrado, naquela determinada comunidade. Por isso não pode ser uma curadoria de cima para baixo, deve ser algo que parta da própria comunidade. É um espaço para divertir e convergir. Entreter e promover a troca de pensamentos. Muitas vezes será ali que o padre encontrará melhor os fiéis, com mais entrega que na própria confissão.

Você comentou que os cineclubes foram escolas de cinema para os primeiros cineastas brasileiros. Você acredita que os cineclubes podem estimular até a produção de filmes nas comunidades?

Bruna: Com certeza. Só faz bons filmes quem assiste a muitos filmes. O melhor lugar para se aprender cinema é num cineclube. E se o cineclube se propõe a produzir, irá conduzir a curadoria e os debates para essa linha do conhecimento.

E quais filmes você indicaria para os agentes da Pastoral de Comunicação que desejam formam um cineclube?

Bruna: Não indicaria filme algum. Cada comunidade vai precisar de filmes bem específicos para o seu momento e seus anseios. Somente a comunidade poderá dizer quais os melhores filmes para o seu cineclube.

Fonte: site do MUTICOM