Existe uma ligação profunda entre Igreja e comunicação. Nada pode romper esta relação, pois ela está fundamentada no fato de que a salvação trazida por Jesus Cristo realiza-se essencialmente como ato de comunicação. Deus de muitos modos se comunicou com os seres humanos ao longo da história e enviou seu Filho ao mundo. Na história da salvação, a pessoa de Jesus é o evento comunicativo por excelência, sacramento do ser humano com Deus. O cristianismo é constitutivamente missionário e por isso, comunicativo. Ele se implanta porque tem algo a comunicar: uma boa notícia.
O marco mais importante para as comunicações sociais até hoje foi o Concílio Vaticano II, o XXI Concílio Ecumênico da Igreja Católica, que foi convocado no dia 25 de Dezembro de 1961, pelo Papa João XXIII e, após quatro sessões, terminou no dia 8 de Dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI. Nele, surge o primeiro decreto conciliar da historia da Igreja a tratar do tema dos meios de comunicação, o Inter Mirifica.
Na verdade, o decreto Inter Mirifica cria a expressão “comunicação social” que acabou se tornando uma espécie de terminologia corrente nas teorias posteriores da comunicação. O que estava por trás dessa terminologia era exatamente a ideia de que a comunicação não pode se reduzir aos instrumentos técnicos de produção e transmissão de mensagens, mas deve contemplar o processo de relacionamento entre os seres humanos
A partir desse documento em especial, a Igreja em todo mundo passou a se preocupar com a comunicação e muitos eventos foram criados para refletir o processo. Um deles é o Mutirão Brasileiro de Comunicação, que terá sua 7° edição no Rio de Janeiro. Muitas atividades estão sendo preparadas para que a comunicação aconteça de maneira mais efetiva.
Vale destacar que a ideia de que a comunicação não pode se reduzir aos instrumentos técnicos de produção e transmissão de mensagens, mas deve contemplar o processo de relacionamento entre os seres humanos, por isso a importância de reunir comunicadores de todo país para trocarem experiências de evangelização através da mídia.
Os interessados em participar do evento devem primeiro se cadastrar neste site e posteriormente, com o login e a senha de cadastro, fazer a inscrição. Depois que o ingresso for pago, o participante poderá escolher as oficinas e grupos de trabalho que pretende assistir.
Para o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, que acolhe o Mutirão, a realização do Muticom Rio representa a oportunidade para que os comunicadores da Arquidiocese do Rio amadureçam nesse campo de conhecimento.
- Será um evento muito importante porque o Rio de Janeiro, além de ser um portal do Brasil, é também um lugar onde a comunicação se faz de uma maneira tal, que tem uma repercussão pelo Brasil afora. Que o Muticom ajude a Igreja a progredir no que diz respeito à comunicação, tanto na Igreja no Rio, como em todo Brasil, disse o Arcebispo.
Dom Orani também citou o Papa Bento XVI na mensagem deixada para o 45° Dia Mundial das Comunicações Sociais.
- Como disse o Santo Padre em sua mensagem, precisamos tomar consciência de que se torna cada vez mais comum a convicção de que as novas tecnologias estão mudando o modo de comunicar, podendo-se afirmar que estamos perante uma ampla transformação cultural. Com este modo de difundir informações e conhecimentos, está a nascer uma nova maneira de aprender e pensar, com oportunidades inéditas de estabelecer relações e de construir comunhão.
O Coordenador do evento, Padre Omar Raposo, convidou todos para participar e refletir sobre o respeito ao outro, o envolvimento mútuo nos campos social, econômico, político, cultural e religioso.
- Pensar comunicação social dentro da pluralidade do Rio de Janeiro é um desafio que o Cristo Redentor sabe fazer muito bem porque é o grande comunicador. Espero que o Brasil perceba como o povo carioca é capaz de se comunicar e comunicar sua beleza, alegria e fé. Estamos como nosso símbolo maior, de braços abertos esperando por vocês, convidou o padre.
Fonte: site do MUTICOM (www.muticom.com)