Teve início nesta terça-feira, dia 9, às 20h, o Seminário de Comunicação para os Presbíteros, realizado no Centro de Estudos do Sumaré. Segundo o padre Arnaldo Rodrigues, um dos organizadores do evento promovido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, o encontro tem o objetivo de auxiliar os sacerdotes a aperfeiçoar sua comunicação, aprimorando assim sua espiritualidade e seu trabalho pastoral. “A comunicação para um sacerdote é essencial, por que ele é referência para respostas em uma comunidade. Nós somos chamados a aprimorar nosso modo de falar, para que não só os fiéis como toda a sociedade possam entender nosso discurso, aquilo que queremos mostrar.”
Apresentando o tema “A comunicação na vida de um sacerdote” com uma abordagem objetiva e pontual, o encontro conta com a presença de mais de 80 participantes de todas as regiões do Brasil e conferencistas de vários países, como Estados Unidos e Itália.
Na abertura, o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, ressaltou a importância das ferramentas comunicativas no exercício da vida sacerdotal. Afirmou que os tempos de hoje são muito mais exigentes e complexos no que diz respeito à comunicação. Segundo ele, “não podemos dar nada como pré-suposto, acreditar que todos já sabem tudo sobre a fé, pois assim, corre-se o risco de que outras pessoas entendam a mensagem de forma equivocada. A evangelização é uma tarefa constante”.
Dom Orani acrescentou “o padre precisa não apenas entender o contexto comunicativo no qual está inserido com também ser comunicação. Transmitir realmente aquilo que está em seu coração e em sua vida. O dom para o discurso não tem a mesma importância se não for usado para falar daquilo que verdadeiramente é vivenciado.”
O vigário episcopal para a Comunicação Social da arquidiocese, Cônego Marcos William, abordou o tema da conferência de forma mais reflexiva e alertou para o fato de que a comunicação na contemporaneidade é um mecanismo influenciador e portador de poder, que muitas vezes é conduzido de forma errada. “Em muitos momentos há pessoas que podem fazer o bem e escolhem não fazê-lo. Várias vezes jornalistas manipulam a informação. Mantêm sua subjetividade e fala persuasiva diante de dados e fatos concretos.”
O seminário termina nesta quinta-feira, depois de ter na sua programação palestras abrangentes, as quais mostraram os desafios e as perspectivas sobre como utilizar a comunicabilidade religiosa nos diversos tipos de mídia existentes.
Fonte: ARQRIO