INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Olá amigos,

Esse blog é um espaço para a divulgação de notícias de uma forma geral envolvendo todo tipo de matéria sobre a comunicação e marketing católico.

Nos propomos a pesquisar tudo o que existe de matérias sobre a comunicação e marketing católico na web e em outras fontes de comunicação, concentrando-as nessa ferramenta que agora estamos disponibilizando, de forma a facilitar a pesquisa e coleta de informações pelas PASCOM de todas as Paróquias espalhadas pelo Brasil afora. Será também um espaço para divulgação de notícias das próprias PASCOM.

Dessa forma, esperamos que seja um meio onde se poderá encontrar, num só lugar, qualquer matéria publicada que envolva a comunicação e marketing dentro da nossa querida Igreja Católica.

Ajude-nos informando sobre suas atividades, eventos, seminários, encontros, retiros etc, que envolvam os meios de comunicação dentro da sua Paróquia, Vicariato ou Diocese.

Vamos à luta, com a graça de Deus e a força do Espírito Santo, pois COMUNICAÇÃO É EVANGELIZAÇÃO !

Por: José Vicente Ucha Campos

Contato:
jvucampos@gmail.com

sábado, 11 de outubro de 2014

COMO VAI SER O MUNDO EM 2045?

                                                                                                                                                                   James Vaughan
                                                 Uma nova era de gente biônica?

Você já experimentou aquela sensação de que várias coisas que você foi lendo em fontes diferentes parecem se relacionar de maneira assombrosa?

Eu estou pensando, neste instante, em um recente estudo do Ministério da Defesa do Reino Unido que faz uma série de previsões interessantes sobre o mundo em 2045. Entre as possíveis novas realidades, "as pessoas poderão alterar a sua aparência física, a sua personalidade e as suas características psicológicas com implantes de alta tecnologia".
Num cenário que vai da tecnologia portátil que usamos externamente à tecnologia que carregamos para todo lugar porque está implantada dentro de nós, seria compreensível que a nossa imaginação levantasse voo para outros cenários, inquietantes, de alterações psicológicas acessíveis ao clique de um botão ou secretadas em intervalos regulares por dispositivos implantados. “Biobôs”, ou robôs biológicos móveis, alimentados por células musculares e pequenos o suficiente para residir dentro do corpo humano, já foram desenvolvidos para atuar em cirurgias, em medicação e como plataformas para implantes inteligentes.
Será que esses dispositivos não podem ser violados por indivíduos sem escrúpulos, de forma ainda mais invasiva? Será que esses implantes tecnológicos podem nos tornar melhores, mais fortes, mais rápidos, inaugurando uma nova era de seres humanos biônicos, homens, mulheres, meninos e meninas? Uma classe de indivíduos com super-habilidades especiais que, com o passar do tempo, se tornariam o significado “normal” de “humano”?
Muitas dessas tecnologias não são criadas para nos roubar da nossa humanidade. Marshall McLuhan descreveu as tecnologias de mídia como extensões do homem: “tecnologias para vestir”, como o Oculus Rift e o Google Glass, têm o potencial de estender o nosso alcance virtual e a nossa conexão com a informação e com os outros. Mas as constantes notificações em tempo real na periferia da nossa visão podem virar uma distração e, sim, uma causa de estresse.
Este panorama gerou o modismo da “Redução de Estresse Baseada na Atenção Plena” (Mindfullness Based Stress Reduction, ou MBSR), programa de medicina complementar que tem cerca de 1.000 instrutores certificados em mais de 30 países, que ensinam as pessoas a evitar a multitarefa, a filtrar informações irrelevantes e a levar uma vida com estresse reduzido. Não é surpresa que o Vale do Silício seja um dos grandes focos das aulas e conferências de MBSR. Como diz o ditado, “não é porque podemos que quer dizer que devamos”. Equilíbrio é a palavra-chave e os documentos da Igreja Católica nos lembram: a tecnologia é um dom de Deus, o que significa que nós recebemos o dom de participar do poder criativo de Deus. As tecnologias existem porque nós as criamos graças a esse dom.
Quando o papa Francisco nos incentiva a usar imagens nos meios de comunicação para difundir o Evangelho, ele fala do "poder" das imagens para moldar as "experiências, esperanças e preocupações das novas gerações". Isto é especialmente pertinente se levarmos em consideração o quanto é fácil alterar imagens usando apenas os nossos telefones inteligentes. Vivemos numa época em que não apenas “photoshopar” virou palavra comum, como, quando eu mostro aos meus alunos uma imagem particularmente impressionante, a primeira reação deles é perguntar como é que ela foi “photoshopada”. Eu dou aulas de Photoshop e defendo o seu bom uso, mas a alteração irresponsável de imagens traz consigo toda uma série de repercussões, afetando inclusive a imagem que temos de nós mesmos.


As deputadas norte-americanas Ileana Ros-Lethinen (do Partido Republicano) e Lois Capps (do Partido Democrata) uniram forças recentemente para propor um projeto de lei que regule os excessos no uso do Photoshop. Em até 18 meses após a promulgação dessa lei, a Comissão Federal de Comércio dos EUA apresentará ao Congresso um relatório contendo uma estratégia para reduzir o uso, em publicidade e em outros meios de comunicação para promoção comercial, de imagens alteradas que mudam materialmente as características físicas de rostos e corpos dos indivíduos retratados.

É reconfortante saber que vários grupos, incluindo anunciantes, agências de notícias e a Coalizão para os Transtornos Alimentares, estão dando apoio a esse projeto. No mínimo, dado o poder das imagens para influenciar a autoimagem e a identidade de indivíduos e de toda uma geração, este diálogo entre os responsáveis ​​políticos e os meios de comunicação é muito necessário.

A alteração de imagens levanta preocupações reais sobre identidade e segurança. Quem é você? Quem você quer ser? Não muito tempo atrás, essas perguntas tinham outras interpretações. Hoje elas não significam mais, necessariamente, “que profissão você quer ter quando crescer?”.
A situação agora é mais complexa. Identidades transexuais estão sendo introduzidas em nossas escolas públicas; ativistas estão propondo que a distinção entre homem e mulher é irrelevante, sem sentido e até inexistente; o sexo não é criado pela ordem natural, dizem eles: nós é que criamos essas “distinções artificiais”. A mensagem é esta: “você pode escolher a sua sexualidade”. Transgênero, homossexual, bissexual, tudo é escolha do indivíduo. Experiências como o cross-dressing não estão entre os motivos que levam os pais a mandar seus filhos para a escola, mas há livros infantis, hoje, apresentando a eles o cross-dressing já na escola primária.
Nem a formação dos professores tem sido poupada. Os professores são envolvidos no ativismo homossexual sob o guarda-chuva das campanhas anti-bullying. As cartilhas de “capacitação” apresentam títulos como "Desconstruindo as definições de família", além de proporem questões do tipo "Como combater as definições tradicionais de família?". O combate ao bullying é usado como desculpa e disfarce para agendas pró-homossexualismo e contrárias à família tradicional.
A confusão não para por aí. O hábito de verificar repetidamente os nossos telefones inteligentes para ver o que os outros estão dizendo é um sintoma de insegurança e de anseio pela aprovação dos outros. Mais preocupante ainda: os nossos jovens estão chegando a se suicidar por causa de problemas on-line!
Será que estamos nos transformando em marcas? Por que carregamos centenas de “selfies” em nossos bolsos?
Um estudo da Universidade de Princeton prevê que o Facebook perderá 80% dos usuários em 2017. Outro estudo, da International Business Times, observa que o Facebook tem sofrido uma importante "diminuição da atividade entre os adolescentes": especificamente, "3,3 milhões de usuários norte-americanos de 13 a 17 anos de idade abandonaram o Facebook desde 2011, bem como 3,4 milhões de pessoas entre 18 e 24 anos". Por quê? Há uma série de fatores, mas o aumento da presença dos pais no Facebook e o fato de que o Facebook "não é mais legal como antes" desempenham um papel significativo.
As nossas vidas não têm significado apenas individual, mas também coletivo, afetando e influenciando quem está ao nosso redor. É uma "rede de pessoas", como o papa Francisco a descreveu na mensagem do Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2014.
Em 1830, Alexis de Tocqueville, cientista político e historiador francês, escreveu o seguinte depois de uma extensa visita à América do Norte: “A primeira coisa que chama a atenção é a multidão inumerável de homens esforçando-se incessantemente para obter os prazeres mesquinhos e insignificantes com que eles levam a vida. Cada um deles, vivendo à parte dos outros, é como um estranho para o destino de todo o resto. Seus filhos e seus amigos particulares constituem para eles toda a humanidade; quanto ao resto dos seus concidadãos, eles estão ao seu lado, mas não os veem; eles os tocam, mas não os sentem; eles existem, mas em si mesmos e para si mesmos”.

Como vai ser o mundo em 2045?


Como quer que ele seja, nós temos o poder de moldar o que a nossa vida vai ser. Cada escolha que fazemos, cada compra que realizamos, cada diálogo que mantemos interfere em nosso futuro. Então, escolha bem. Hoje.
Fonte: Aleteia