Na ultima sexta-feira (26/04/2015), a PUC-GO fez um seminário para promover a reforma política desejada pelo PT.
Daniel Seidel, secretário da CNBB, enquanto palestrava em favor a reforma política fez um falso mea culpa para incutir no público um sentimento de incompetência e assim, evidentemente, conseguir fazer deles massa de manobra.
Nós temos de tomar juízo, vergonha na cara, e nos dedicarmos a essa coleta de assinaturas.
Por que que eu digo isso? Porque, na verdade, nós não estamos querendo só a reforma política. A reforma política vai dar margem para a reforma tributária, vai dar margem para outras reformas necessárias para repartir. Porque, até então, nesses 12 primeiros anos de governo popular no Brasil, nos tivemos avanços importantes acontecendo, mas só que nós chegamos ao limite e hoje nós temos que distribuir a riqueza que a classe trabalhadora produz nesse nosso país. Agora, a gente só distribuiu a riqueza com a reforma tributária.
Não dá mais para ficar apenas com os importantíssimos programas sociais que existem: O povo quer mais, e quer avançar para economia mais igualitária.
Agora, para isso, precisa reforme o sistema político brasileiro.
Um jovem católico presente no seminário pediu a palavra e disse:
Secretário Daniel, eu peço a palavra por um segundo. O reitor da PUC não está aqui não? Ele não vai dar uma palestra nem nada? .. É porque o senhor está representando a CNBB, certo?
Daniel respondeu: Eu vim pela coalizão da reforma política.
Existe algum grupo de igreja aqui? Da Igreja?
Pela CNBB, sou eu… , respondeu o secretário da CNBB.
“Porque eu queria entender uma coisa. Como é que uma instituição católica permite uma bancada formada só de excomungados? Isso é o que eu queria entender. Inclusive o senhor que é representante da CNBB. Aqui ó, o decreto contra o comunismo (1949), assinado pelo Papa Pio XII: TODO o católico que apoia movimento comunista está automaticamente EXCOMUNGADO. Bancada de excomungados.”
É importante notar que o jovem desmascara dois pontos: A legitimidade daquela posição em ambiente teoricamente católico e a discussão democrática do grupo de palestrantes que não trás sequer uma pessoa contrária.
O jovem continua: “Eu quero entender como é que a CNBB, a conferência nacional de bispos do Brasil. Nesse momento ele foi cercado por algumas pessoas favoráveis ao seminário de promoção do comunismo. ”
Um colega apoiando a atitude dele disse: “Vocês estão excomungados e usando da desonestidade intelectual usando o espaço católico para pregar algo contra o catolicismo.”
Uma professora intervém tentando calar o rapaz chamando-o de moleque, numa tentativa de tornar em insulto a idade do rapaz, e mandando ele se retirar. Afinal, como todo bom debate comunista, era importante ter um monólogo. Após muito agredi-lo verbalmente e deixa-lo acuado com gritos e estar cercado no meio de várias pessoas presentes para intimidá-lo, num impulso de auto-defesa, o jovem a chama de “vagabunda”. Nesse momento, ele é agredido por uma terceira pessoa.
Uma colega que filmava relatou que o rapaz era menor de idade.
O ocorrido pode ser visto nesse vídeo:
Parabéns ao jovem corajoso.
Atualização (30/04 – 00:40) A PUC-GO informou ao Jornal Opção Online que apenas cedeu espaço para o seminário, e não é responsável pelo ocorrido. A instituição, que sustenta apoiar o monologo discussão sobre reforma política, organizou o evento de dois dias antes, sobre o mesmo tema com a presença da CNBB. Ainda segundo o referido jornal, Marco é aluno de Ensino Médio e pretende fazer um Boletim de Ocorrência. O jovem ainda sustenta que pretende abrir um processo contra a PUC, caso o bispo ou reitor não se retratem.
Fonte: Fidespress